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EXPLORANDO AS LENDÁRIAS CREEPYPASTAS, GLAU KEMP ORGANIZOU E REUNIU NESTA ANTOLOGIA 30 AUTORES PARA TRAZER AS LENDAS URBANAS MAIS VIRAIS DA INTERNET

Por Bruno Marukesu •
sábado, 15 de fevereiro de 2020
Onde Comprar: AMAZON | LENDARI STORE
Livro cedido em parceria com a editora

Os fóruns web estão repletos de histórias sobre casos misteriosos, investigações policiais não resolvidas, fotos sem explicação, descrições de rituais e manifestações demoníacas, versões bizarras e não oficiais de jogos eletrônicos, relatos de episódios macabros de desenhos infantis.
São narrativas virais e anônimas espalhadas nos recônditos mais obscuros da internet, sem que se possa rastrear seus verdadeiros autores. Ou sua veracidade. Acabaram conhecidas como creepypastas - algo como um copypaste (de copiar e colar) de situações assustadoras.
Mas e se as lendas mais famosas da Internet não forem boatos? Nesta antologia, reunimos escritores para darem suas próprias e originais versões das creepypastas mais perturbadoras de todos os tempos. Do submundo do Reddit diretamente para sua leitura de cabeceira.


CREEPYPASTAS - LENDAS DA INTERNET é um compilado de 33 contos escrito por 31 autores que se interligam por um fio conduto comum: a tecnologia. Por mais isolados que os contos possam parecer à primeira vista a sempre um computador, uma rede social ou outro mecanismo de tecnologia que ligue as pessoas de maneira não-presencial, natural.

 Por exemplo, no conto “Morte em 140 caracteres” (de André Comanche) temos o personagem Samuel que trabalha recuperando arquivos de celulares roubados e chantageando os seus antigos donos em troca de grana fácil. Outro é a citação aterrorizante de um poema antigo na rádio universitária no conto “O Poema da Morte da Carne” (de Andrei Simões), e a busca de um mundo sombrio em época de um eclipse em "A Umbra" (de Mário Bentes). Mas além da tecnologia como meio condutor do terror existe as excessos como no em “A Voz da Floresta” (de Rodrigo Ortiz Vinholo) onde temos a jornada de um personagem-herói e sua desconstrução na floresta que lembra muito um capítulo de As Crônicas de Nárnia com sua mitologia antiga. E a exceção continua como em “A Parteira” (de Kelly Amorim) que traz a vingança de estupros pela imagem simbólica da parteira silenciosa e calma.

 As bonecas e seu lado horripilante também tem vez nessa antologia. O leitor poderá encontrá-las nos contos “Boa Noite Babamoon” (de J. M. Menez), “O Presente” (de Pris Magalhães), e “Chiara” (de Tyanne Maia). E aquelas lendas urbanas que são passadas de geração em geração através da oralidade também aparecem como em "A Chorona" (de Karol Melo), "Políbio" (de L. A. Tecau), e "Ohlepse" (de Patrícia Vahl).

 Adendo:  após leitura da A Chorona recomendo que seja visto em seguida o filme The Curse Of La Llorona [2019] que traz mais sobre este ser lendário.

 CREEPYPASTAS tem conto para todos os gostos e as escritas dos autores casam perfeitamente com a antologia, fora a fluidez que tornam a leitura da obra visceral. É pouco provável que o leitor consiga ler somente um conto por dia. Li e reli mais duas vezes só para ter a certeza de que os contos são realmente bons. Mas claro que tem aqueles que se destacam em meio a multidão tanto por sua originalidade ou forma de conduzir as narrativas.

 Eu amei oito contos mas dentre eles o que mais se destacou - e ficou zonzando na minha mente - por conta da sua tensão contida nas cenas foi "Garmoderd Meneara Glosverg" (de Gustavo Lopes). Pelo fato de mexer com a curiosidade dos personagens já presumimos que é impossível ficar contido só em um setor, é realmente como se fosse uma gripe!

 Com narrativas tanto em primeira pessoa quanto em segunda, a obra possuí uma capa completamente aterrorizante e fascinante que casa - ao meu ver - com o conto "Deadf@ll" (de Leonardo Duprates). As laterais da obra física são em tom vermelho-sangue e a primeira página de cada conto tem a capa da obra em tom escuro que dá um contraste sombrio logo de cara antes mesmo de você iniciar a leitura do conto, deixando já o nosso psicológico abalado! As fontes são em tamanho agradável com um espaçamento entre as linhas mediano tornando a leitura prazerosa, e isso eu devo agradecer, e muito, a editora pelo cuidado pois já tive inúmeras experiências com antologias no mercado que possuíam mudanças bruscas no layout de um conto para outro fazendo mais atrapalhar a leitura do ajudar. Logo, a editora Lendari caprichou na edição e a organizadora Glau Kemp fez uma verdadeira garimpagem na hora de selecionar os contos!

 Recomendo a leitura para o(a) leitor(a) que não tem medo de encarar o desconhecido e sabe que o medo nos deixa alerta e espertos para as adversidades da vida. 🌈


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