O CINEMA NACIONAL TEM SURGIDO com grande destaque neste mundo da sétima arte. Até um dia desses preferia os nacionais de comédia, mas resolvi partir para o drama, suspense e outros gêneros, e tive a feliz surpresa de ver que temos sim a capacidade de gerar boas histórias. Paraíso Perdido, é um exemplo disso, misturando poesia, drama e romance, o longa metragem emociona e traz um mensagem de amor e superação em tempos nefastos.
Tudo começa com a história de Imã (Jaloo), uma transformista cuja mãe, Eva (Hermila Guedes), está presa, e que trabalha como cantora transformista durante às noites no bar de seu tio para pagar suas contas. Imã é apaixonada por Pedro (Humberto Carrão), que constantemente se sente envergonhado pela relação com a performer, especialmente pelo fato de as características consideradas “femininas” serem apenas parte da performance. Imã, em seu cotidiano, se identifica como um homem, o que faz com que Pedro sinta certo embaraço em estar com ele, chegando a empurrá-lo no chão em um dos momentos em que se beijam publicamente.
Ainda no mesmo ambiente, temos Angelo (Júlio Andrade), cantor frustrado com a vida pela separação de quem ele diz ser seu “amor verdadeiro”. Anos após trair a esposa, Angelo continua amargamente arrependido e demonstra-se ainda emocionalmente dependente de sua presença, ainda que não faça a menor ideia de onde esta se encontra. Sua filha, Celeste (Julia Konrad), está grávida de seu ex abusivo e presa em um dilema sobre dever ou não abortar a criança. Devido a um crime de ódio que leva Imã a ser espancada atrás do bar, José (Erasmo Carlos), tio do garoto e dono do “Paraíso Perdido”, toma medidas de contratar um policial, Odair (Lee Taylor) que possa ajudá-lo a tornar o pub um lugar seguro novamente. O que José não esperava era que Odair fosse filho de Nádia (Malu Galli), a mulher que Angelo procura desesperadamente.
Ainda no mesmo ambiente, temos Angelo (Júlio Andrade), cantor frustrado com a vida pela separação de quem ele diz ser seu “amor verdadeiro”. Anos após trair a esposa, Angelo continua amargamente arrependido e demonstra-se ainda emocionalmente dependente de sua presença, ainda que não faça a menor ideia de onde esta se encontra. Sua filha, Celeste (Julia Konrad), está grávida de seu ex abusivo e presa em um dilema sobre dever ou não abortar a criança. Devido a um crime de ódio que leva Imã a ser espancada atrás do bar, José (Erasmo Carlos), tio do garoto e dono do “Paraíso Perdido”, toma medidas de contratar um policial, Odair (Lee Taylor) que possa ajudá-lo a tornar o pub um lugar seguro novamente. O que José não esperava era que Odair fosse filho de Nádia (Malu Galli), a mulher que Angelo procura desesperadamente.
O espectador inicia o filme achando que encontrará apenas mais um drama arrastado e apático, porém fica extremamente espantado com as reviravoltas da história, e a sutileza como cada música se encaixa na vida daqueles personagens. O suspense não é o forte da película, e aos poucos quem assiste consegue juntar as peças e descobrir cada segredo.
Grande louvor as atuações de Seu Jorge, Erasmo Carlos, Marjorie Estiano. Porém devo dar destaque ao cantor Jaloo, que carrega o enredo nas costa com seu personagem, que é um símbolo na luta pelo preconceito, e claro com seu vozeirão que transforma qualquer letra em uma obra prima.
Um filme emocionante, terno, dramático e que toca fundo com um final arrebatador. Não chorar é quase impossível com a história da família e com o desfecho dado pelo roteirista. Paixão, é a sensação que fica quando os créditos correm ao som de uma boa música nacional. Parabéns ao nosso cinema nacional que tem renascido e evoluído a cada dia
Por: Mairton Salvattore.
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