
Olá,galerinha! Tudo bem?

- Posso entrar? – perguntei logo após bater em sua porta.
- Acalme-se, filha. Sim, você fez bem em ter me ligado. Não se preocupe, eu tratarei disso para você... Mesmo assim, se ele as usar podemos contestar e entrar com um processo por danos morais... Eu entendo que o estrago já estaria feito, mas... Acalme-se, Mel. Ele não vai tirar a menina definitivamente de você.
Assim que o ouvir falar o nome de Mel meu instinto super protetor veio à tona.
- Pai, deixe-me falar com ela.
Ele apenas me olhou confuso e a ouviu falar algo mais.
- Filha, verei o posso fazer e volto a falar com você... Tudo bem. Nos vemos mais tarde.
Quando ele desligou, o enchi de perguntas.
- O que está acontecendo? O senhor deveria ter me deixado falar com a Mel?
O olhar questionador e a perspicácia dele me fizeram perceber que meu pai havia matado a charada.
- Então você é o homem com quem ela está saindo?
- Sim, pai. Sou eu. Mas isso não vem ao caso agora. A única coisa de que preciso é entender o quê está acontecendo e o quê o infeliz do ex-marido dela está aprontando agora.
- Meu filho, é melhor você se manter longe de tudo isso. Você não sabe com quem está lidando. Essas pessoas são perigosas.
- Sério isso, pai? O senhor realmente acha que irei me acovardar e deixá-la sozinha nisso? Que fotos são essas? O que ele tem que pode ser tão sério assim?
- Vinicius,... – eu percebi que ele freou o que ia me dizer – acho que é melhor você perguntar diretamente pra ela.
- Pode ter certeza de que o farei.
E com isso o deixei para trás.
- Ela não virá agora de manhã. – falou o diretor de cena não muito satisfeito com isso. – Parece que teve um problema com a filha, ou algo do tipo...
- Bom dia, gostaria de falar com a Mel.
- A senhora não se encontra. – a voz do homem era cortante, e completamente desprovida de emoção.
Eu duvidava que ele fosse me ajudar, mas mesmo assim arrisquei.
- Por favor, caso ela apareça, me avise. Preciso muito falar com ela. – pedi ao lhe entregar meu cartão.
Ele leu atentamente as informações contidas ali.
- Pode deixar, doutor.
Apesar do tom sarcástico, algo me dizia que aquele homem iria me ajudar. Voltei ao escritório ainda mais angustiado do que quando sai dali naquela manhã. Ao perguntar pelo meu pai, descobri que ele havia saído para um encontro de negócios e que avisara não ter hora para voltar, inclusive todos os seus compromissos da tarde haviam sido desmarcados. Sem muita paciência para aquilo, encontrei-me com dois clientes durante a tarde; porém minha concentração estava toda em querer entender o que estava acontecendo com Mel. Fui ao teatro esperando encontrá-la, já que aquela seria a noite de estreia de sua peça, mas ela havia sido substituída por outra atriz. A coisa estava ficando cada vez mais confusa...
Precisava colocar a cabeça em ordem, então fui ao Pub. Assim que cheguei ali, Pedro veio me cumprimentar.
- E aí, Vini?! Cadê nossa ruivinha?
- Eu bem que queria saber. – falei ao pegar a caneca de chopp que Marta, uma das baristas me trouxe.
- O que houve? – meu amigo perguntou ao perceber que eu precisava desabafar.
- Caramba! Bem que a Thaís falou que a Mel era a ex-nora do prefeito. Eu achei que ela estava louca, porque vamos combinar que a sua Mel não é um exemplo de recato como todos sabíamos ser a jovem submissa que pousava nas fotos com esse tal de Sérgio.
- Pois é. Só que é ela mesma. Espera, você disse que a Thaís te contou que a Mel era a nora do prefeito?
- Sim. Acho que foi na quarta à noite. Cara, ela tava puta contigo e disse que ia ter volta.
- Mas que merda...
Levantei-me para ir atrás da minha ex, eu tinha certeza de que havia o dedo podre da Thaís por trás de toda essa história, mas nem precisei ir muito longe. Assim que me virei a vi saindo do escritório de Pedro. Caminhei com determinação e a levei novamente para dentro.
- Ei, por que tudo isso? – ela perguntou com os olhos arregalados devido ao susto de me ver tão fora de mim.
- O que você fez? –perguntei sem prestar atenção ao tom de voz que estava usando.
- Não estou entendendo.
- Então deixa ver se te explico... Quero saber o que você fez para me afastar da Mel? O que você falou para o ex-marido dela?
- Eu? Você deve estar louco... – dava para ver o teatro se desenvolvendo a minha frente, que bom ela ser uma péssima atriz.
Thaís se aproximou e passou os braços pelo meu pescoço.
- Você acha mesmo que eu iria perder meu tempo com aquela miniatura de desenho animado? Faça-me o favor... - e em tom de sussurro, aproximou-se de minha boca, momentaneamente me desmontando - Sou muito mais eu.
Os lábios de Thaís estavam próximos aos meus, mas um toque insistente de celular me despertou daquele desatino.
- Alô?
- Oi, Vini.
- Mel? – desprendi-me de Thaís e foquei minha atenção naquela voz que tanto ansiei ouvir.
- Soube que você me procurou...
- Sim. Te liguei várias vezes, fui ao teatro, ao apartamento e até à casa da Alameda Maués, mas não consegui falar com você. O que houve? Por que você foi embora daquele jeito?
- Eu... O Sérgio me ligou ontem, e ele sabe sobre nós dois. Olha, eu preciso te explicar algumas coisas, mas não dá pra ser por telefone.
- Tá. Me diz onde você está que irei até você.
- Não, deixa que eu vou. Pode ser no seu apartamento?
- Claro, Pimenta. Estou indo pra lá agora mesmo.
- Está bem. Em meia hora eu chego.
- Certo.
E sem mais, ela desligou. Olhei para Thaís que me olhava com extremo desgosto e a sobrancelha erguida em sinal de desaprovação.
- Então é isso? Você me acusa e depois vai embora desse jeito?
- Olha, Thaís, me desculpa. Mas eu preciso ir.
- Sério, V? Eu signifiquei tão pouco para você a ponto de me substituíres com tanta facilidade?
- Você não sabe o que está falando. Eu te amei demais, só que agora as coisas estão diferentes, eu já te disse isso antes.
- Por causa dela? – seu tom de voz era fraco, como se ela estivesse finalmente compreendendo as mudanças diante de si. Não havia raiva naquele momento, apenas decepção.
- Sinto muito.
Ela me encarou e suas lágrimas me arrasaram. Permanecemos nos encarando por um tempo que não consigo precisar ao certo quanto, até que finalmente ela saiu.
Respirei fundo e limpei a umidade em meus olhos. Precisávamos daquele encerramento e agora eu iria virar essa página de minha história.
Após chegar ao meu apartamento a ansiedade me dominou. Onde ela estava? Por que ainda não havia chegado? Consultei o meu relógio e vi que havia se passado quase uma hora desde que Mel me ligou. Eram 23:59h quando a campainha tocou. Ao abrir a porta, senti meu peito afundar. Os olhos de Mel estavam vermelhos pelo choro e em seu rosto os rastros deixados por suas lágrimas eram visíveis. No entanto, ao senti-la contra o meu corpo ao me abraçar foi como se tivesse reaprendido a respirar e inalei a suavidade do aroma tão familiar de seus cabelos. Ela estava em casa e haja o que houver não irá mais passar por esse problema sozinha.
- Senti sua falta! –ela sussurrou.
- Eu também senti. – respondi antes de me perder em seus lábios.
Eitaaaa... que já ta acabando!! O_O
ResponderExcluirNão creio!! Mal vejo a hora de conferir os próximos capítulos.
Raissa Nantes
Oi, Raíssa! Está acabando Sete dias para se Apaixonar, mas em breve a história de Mel e Vini continuará na sequência Um Romance Inesperado.
ExcluirEnviamos um convite para o teu email :)
ResponderExcluirOlá, depois vou procurar o início pra não subir no trem andando!
ResponderExcluirOlá, Beta! Espero que goste da leitura!😘
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