| Ele descobriu que o pai havia sido preso através de um programa de TV. No início, sentiu culpa e vergonha por acreditar ser filho de um criminoso. Depois, raiva e aversão. Tudo o que queria era distância. |
“- Que horror lá vem mais um daqueles livros chatos de biografia”... Foi isso que falei assim que iniciei a leitura de Condenáveis – Uma Historia de Filho e Pai, do autor Leonardo Torres. E qual não foi minha surpresa a encontrar um livro que contava sim uma biografia, uma relação conturbada entre pai e filho, porém de uma maneira que chega até ser cômica.
Leonardo conta como foi descobrir que seu pai era um policial corrupto (Envolvido na Operação Guilhotina) que vendia armas para traficantes. Porém sua relação com ele já não era boa desde a infância, e é isso que o autor relata durante todo o livro.
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| O AUTOR |
Leonardo Torres conta todas às historias vividas juntamente com o pai que fizeram com que ele nunca o aceitasse. A ausência, a falta de amor do pai com ele desde criança fez com que deixasse de se importar com aquele que era para ser chamado de seu “pai”.
O autor traz toda essa historia de uma forma que o leitor não se sinta fatigado com a leitura, mas que chegue até a dar risadas com os relatos transcritos no livro (O que fiz varias vezes.rs). Ao mesmo tempo o livro é uma reflexão do que tem ocorrido nesses anos em que os pais estão mais ausentes de casa, em que as separações aumentam e que quem acaba sofrendo mais no final são os filhos. Como lhe dar com um pai ausente? Como aprender a amar alguém que nunca participou de sua vidas nos momentos mais importantes? Como lhe dar com alguém que não aceita nem ao menos sua condição sexual? E por fim, como aceitar um pai criminoso? Todas essas perguntas são respondidas pela própria pessoa que vivenciou isso durante sua vida, o próprio autor.
O livro “Condenáveis – Uma Historia de Filho e Pai” deve ser apreciado em todas as idades, e até mesmo ser usado de uma forma didática. Recomendo totalmente a leitura desse livro único.
Achei a história bem bacana. Ainda não conhecia o autor. Gostei!
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