
“Só não tente me dizer o que é melhor para mimQuem pode saber?”(Humberto Gessinger)
Dali de fora, é mais fácil não sentir dor. Cada passante caminha fustigado pelas suas próprias tempestades (chuva e eterno vento?), com medo de não chegar, com pavor do toque e absorto em seus lamentos.
O meu mundo interior interessa a poucos, de fato. Esse rico nada interior ou pobre tudo, de acordo com o desvairamento dos dias, é todo meu e, para quem nele não habita, é somente uma miragem.
Então, mesmo turva confesso: esqueci como se grita. Não me alegro, nem me comovo.
Esqueci como é o velho sentir. Sim, socorro, pois não sinto nada.
E nem consigo demolir os próprios enigmas que criei.
Abri o livro, mas ninguém há de me ler sem perigo.
O meu vizinho não conheço. Mas dali de fora o mundo parece perfeito.
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