Sete dias! Em apenas sete dias a minha vida mudou completamente, e foi tudo por causa dela...
- Ei, cara! Cadê você?
O Pedro parecia realmente irritado dessa vez.
- Calma, Mano! Já estou esperando o metrô, em no máximo quinze minutos chego aí.
Que saudades do meu carro! Ainda bem que amanhã poderei pegá-lo no mecânico. Esta, definitivamente, é uma segunda-feira atípica, afinal não é sempre que posso curtir uma segunda com meus amigos; mas, como é feriado prolongado, melhor aproveitar até quarta, quando precisarei ir ao escritório bater meu ponto com o meu pai.
- Beleza, só tá faltando você. – depois, diminuindo o tom de voz, meu amigo de infância sussurrou: - A Thaís não para de perguntar por ti.
- Mas que droga! Ela está aí? Sério, Pedro; acho melhor não me encontrar com ela ainda.
A Thaís é a irmã caçula do Pedro, e minha ex-namorada. Terminamos de um jeito nada agradável, devido a mais uma de suas inúmeras crises de ciúme, e francamente não estou disposto a participar de outra discussão hoje.
- Pensei que ela ainda estivesse na praia com as meninas. – comentei.
- Que nada! Chegaram de surpresa hoje de manhã. Mas deixa disso, aparece aqui. O Hugo e o Renan estão querendo ir ao boliche, só estamos esperando você chegar.
Era possível ouvir as vozes dos meus amigos ao fundo perguntando se eu iria; por isso decidi mudar minha abordagem.
- Vamos fazer assim então, eu encontro vocês lá.
A linha ficou muda por um tempo. Enquanto aguardava meu amigo responder, olhei para a escada que ligava a área onde eu estava ao andar de cima e fiquei completamente entretido. Uma garota que mais parecia um desenho animado começou a descer atrapalhadamente às escadas.
- Beleza, então. Encontramos você lá!
Sem tirar meus olhos daquelas pernas grossas que a cada passo se aproximavam mais do andar inferior e estavam cobertas por uma meia calça pink e botas pretas, sorri ao responder para o meu amigo:
- Ok!
Sem dizer mais nada, desliguei o telefone erguendo ainda mais o meu olhar, passando-o por aquele corpo pequenino, porém repleto de curvas escondidas atrás de um vestido com estampa floral. Havia também uma jaqueta jeans sobre o vestido. Seria uma tentativa de deixar a roupa ainda mais despojada? Ou ela estava se protegendo do clima frio que começava a se estabelecer na cidade?
O fascínio que a imagem daquela jovem estava exercendo sobre mim me fez erguer um pouco mais o meu olhar; o que foi um erro. Melhor dizendo, um ENORME erro! Fui imediatamente arrebatado por um par de olhos verdes, que se destacavam em meio às sardas no rosto rosado daquela menina. O sorriso que ela me lançou quando seus olhos se encontraram com os meus foi o golpe final. Eu estava nocauteado!
Fiquei distraído demais com o movimento dos cachos que derramavam pelo coque, em um tom vermelho brilhante; por isso nem percebi o quanto ela estava próxima até ouvir sua voz.
- Com licença, você poderia me informar as horas?
Sua voz... era música para meus ouvidos.
- Claro!... – depois de pensar em minhas chances, decidi arriscar, afinal não tinha nada a perder. - Só que terá um preço.
Com uma expressão divertida no rosto, ela colocou as mãos na cintura e questionou:
- Um preço? – seu olhar e o leve esboço de sorriso em seu rosto me aqueceram, fazendo-me sorrir ao lhe responder.
- Exatamente.
- E qual seria?
- Quero saber o seu nome.
- É só isso? – perguntou me provocando com aquela sobrancelha arqueada em sinal de desafio.
- Não! Vamos sair amanhã à noite também. – respondi aceitando o desafio e propondo outro ainda maior. - O que me diz? Está disposta a pagar?
As covinhas que se formaram em seu rosto quando sorriu fizeram meu coração acelerar. Estendendo a mão em minha direção ela falou:
- Mel.
Mel... o nome era perfeito, doce e saboroso tal qual a sua dona. Sorri pelo pensamento, então respondi à sua pergunta inicial:
- São 15:15h, Mel. Passo às 21h para te pegar amanhã. – falei fazendo-a lembrar do nosso encontro.
Com um sorriso de tirar o fôlego ela me surpreendeu ainda mais: - Alameda Boa Ventura; Ed. Scalla; apart. 120.
Virou-se e começou a se afastar enquanto eu memorizava aquele endereço.
- A propósito, meu nome é Vinícius! – gritei.
Em resposta, ela apenas olhou para trás e sorriu. Fiquei extasiado olhando para a forma como seu quadril se pronunciava a cada passo que ela dava. Enquanto ela se afastava, não conseguia parar de pensar: Isso realmente acabou de acontecer? Essa garota de fato existe? Aparentemente sim, e eu irei me encontrar com ela amanhã!
E então, gostaram? O capítulo de hoje foi curtinho, mas os outros são maiores. Adoro como a Mel se “faz de egípcia” no final! (Kkk) Tipo, “tô nem aí para o seu nome”!
Quero aproveitar para agradecer a todos pelo carinho com que me receberam. Espero cativa-los com meus textos!
Para aqueles que quiserem conhecer um pouco mais do meu trabalho literário, basta seguir minha fanpage no Facebook - Suellen Mendes. Lá vocês encontrarão várias informações sobre mim e alguns textos que escrevi.
Desejo um ótimo final de semana a todos!
Beijinhos!
Oi, Suellen.
ResponderExcluirAchei o Vinícius bem abusado e a Mel uma louca, como assim, nem conhece o cara e já topa sair com ele só pela informação da hora? Mas até que fiquei curiosa para saber o que vai acontecer "amanhã", a doida já deu o endereço e ele com certeza vai buscá-la. Mas me bateu uma ideia aqui, será que não é uma trama dela? ela já estava interessada nele e vai fingir que nem o conhecia, daí nos próximos capítulos vamos percebendo "o jogo virando". Sei lá, só sei que fiquei curiosa e sábado que vem eu vou voltar aqui para saber no que isso vai dar, aliás, nos próximos sábados.
Oi, flor! Realmente é um encontro bem inusitado. Garanto que não teria coragem de agir como esses dois, mas a verdade é que no texto podemos ser e fazer aquilo o que quisermos, então eu me permito viajar, assim como o fiz ao ouvir a música de Craig David. Fico feliz por ter despertado o seu interesse pela história e espero que possa lhe surpreender ainda mais!
ExcluirBeijinhos! 😘😘
Olá
ResponderExcluirNossa que legal, eu não conhecia a música citada mas já vou dar minhas pesquisadas a procura dela rsrs. Quanto ao livro creu o que já vi essa capa, não sei se foi aqui também, mas enfim. Ultimamente estou tentado evitar livros nessa pegada e voltar para o meu gênero lazer que já estou com falta. Adorei o trecho que você colocou. O encontro é realmente inusitado kksk. Até mais vê
Abçs
Olá, Manoel! Acredito que você já tenha visto essa capa por aqui sim, ela estava no post da semana passada, além disso já a divulguei em minhas redes sociais. Agradeço por ter me dado a oportunidade de lhe apresentar a história.
ExcluirBeijos!